quarta-feira, 6 de junho de 2012

J. I. Norte - Acordo Ortográfico...


Viram o programa "Olhos nos Olhos", com o convidado especial, Vasco Graça Moura?...  Contou a história assombrada do Acordo Ortográfico, ficando todos a saber que, afinal, não existe AO, porque nem todos os países envolvidos o ratificaram... Não só não o ratificaram, como também não chegaram a um acordo conclusivo... Assim sendo, não existe Acordo Ortográfico oficial e, menos ainda, obrigatório!... 
As forças políticas, não querendo perder a face, trilham caminhos traiçoeiros, obscuros e inglórios...
As editoras que deveriam ajudar a preservar e enriquecer a Língua Portuguesa, apostam em ganhos económicos, inventando manuais, dicionários, prontuários de acordo com o novo AO... 
Cada um é livre de assumir e defender, um ser e estar próprios, mas é odioso ouvir dizer que é o País que temos, porque somos o País que fazemos...
Existe A ILC para subscrever, blogues para comentar e... Erros para dar (segundo o novo AO)...
Um dia, a Caixa de Pandora, vai abrir-se e, o retorno, será impossível e as consequências catastróficas e irremediáveis, para o nosso património linguístico...

Parabéns Angola, parabéns Moçambique, por não terem ratificado o Acordo Ortográfico (oxalá nunca o façam)...

5 comentários:

  1. Não vi o Programa e não partilho esta informação enquanto não perceber porque é que o Acordo Ortográfico põe em causa o nosso património linguístico. Gostaria de saber onde posso recolher essa informação de forma prática e não tendenciosa.
    Muito grata,
    Maria José Pereira

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    1. Existem vários blogues (Vasco Graça Moura e Maria José Vieira, os que consulto com mais frequência).. Pessoalmente, considero que lesa o nosso património linguístico, a longo prazo, por várias razões e, veja-se: no Brasil, apenas 0,5% de palavras sofreram modificações... em Portugal e nos restantes países lusófonos, as mudanças afectaram cerca de 2600 palavras, 1,6% do vocabulário total... Também considero que desfeia a palavra escrita... No essencial, os fonemas não se alteram, apenas os grafemas... A Net, dispõe de diversos caminhos para pesquisa... Eu, para além de consultar o novo AO, conhecer opiniões antagónicas, não me deixo influenciar por pareceres tendenciosos, porque tenho opinião própria... A democracia assim nos permite... Gostei que a senhora tivesse comentado, todos devíamos intervir...

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    2. Agradeço a informação. Mas já agora deixe-me partilhar consigo um texto que escrevi ontem e que me foi suscitado pela conversa que tive sobre o tema com uma amiga e colega de trabalho: ara ajudar à confusão: "hoje tive a sorte de cavaquear durante a hora de almoço com a trineta de Joaquim Bessa de Carvalho, honrado democrata cujo "fallecimento" subito causou uma "dolorosa surpreza a todos que o conheceram e com elle tiveram a ventura de conviver". Assim versa a notícia do jornal "A Voz Pública" de 4 de Junho de 1902, cujo original eu tenho o privilégio de estar a ler neste momento. Corria o "anno XIII" de edição deste Jornal, com distribuição também em "Hespanha" e cujas "assignaturas" do "extrangeiro" eram pagas de adiantado. Eis senão quando o dito "fallecimento" apanha todos de "subito" pois o saudoso finado contava com "innumeras sympathias", " quando ainda "há trez dias ahi fora visto com o parecer de quem possue boa saude". Na altura a situação do "paiz" não era nada má, pois era chegado o momento da Pátria se levantar da "oppressão" (e mais não consigo copiar porque entretanto os ratos roeram a parte mais interessante da notícia....) Também as notícias recebidas pelos "jornaes" do Rio eram de molde a informar que uma tal de "commissão" estava para dar um parecer sobre um arrendamento de uma Via Férrea(!!). Outras "casos e occorrências" poderíamos descrever mas termino com a última canção popular (já que estamos numa de santos populares.....) e que andava na "bocca" de todos, segundo o dito jornal, na altura: "Ora vae tu, Ora vae tu, Ora vae, vae, Eu bem quero, Mas não posso, Ai,Ai!" ("popularisou-se" rapidamente, pelo que "ella" contem de sentimental e de gracioso, esta canção, que é uma toada "melancholica" e ao mesmo tempo maliciosamente alegre) O "annuncio" dizia que o "distincto" musico tinha tido uma "excellente" e feliz ideia de editar a canção."

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    3. É normal e aceitável a mutação ortográfica... Não escrevemos como Pessoa, no entanto, Pessoa é um património incalculável... No post, pode não ser claro, mas o que me indigna sobremaneira, são os caminhos percorridos para o AO e o facilitismo da aceitação... Mas sabe, acho salutar o confronto de ideias e, um dia, talvez venha a ter uma visão diferente... Este não é um blogue pessoal, razão porque me abstenho, de enumerar outro tipo de afirmações individuais, que me levam a esta rejeição... Achei giríssimo o oportunismo do texto... Era assim... Agora, lemos, com humor e curiosidade... Obrigada pela partilha...

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  2. Independentemente de ser contra ou a favor do AO, está disponível na Net, o conteúdo da VII REUNIÃO DE MINISTROS DA EDUCAÇÃO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA (30 de Março de 2012)... Interessante, para quem é a favor do AO...
    José Gil e Helena Sacadura Cabral, têm novos comentários de opinião sobre o AO...
    Até 2015, o AO pode sofrer alterações... Muita informação na Net...

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