domingo, 16 de setembro de 2012

J. Norte - Começo, recomeço...


Buscando alicerces nas palavras de outros...

"... Os pais brincam muito menos aos filhos do que as crianças brincam aos pais.... Pais que brincam às crianças percebem que os tempos livres delas não são para preencher com natação, com ilglês, com catequese ou para entregar os filhos àquelas baby-sitters com um nome esquisito como... Batatoon. Percebem que os tempos livres são de tolerância máxima em relação aos ritmos de uma criança. Pais que brincam às crianças são aqueles que, por vezes, se insurgem contra os trabalhos de casa, depois de horas a mais na escola. Pais que brincam às crianças são aqueles para quem o sonho é - só- um desporto radical, que comanda a vida... Sempre que ficam mais pais..."
"...Irá a escola do futuro, ao contrário do Ministério da Educação, perceber que brincar não é uma actividade sazonal? Ficamos contentes. Até porque as crianças aprendem mais no recreio porque quem lá lhes ensina coisas não explica como se deve fazer: mostra como se faz..."
"... Para mim a escola não serve para tirar dúvidas, mas para pôr problemas. A escola não serve para construir uma carreira de sucesso, mas para, ao brincar-se com os conhecimentos, fazer da vida «um longo fim-de-semana»..."
"... Em todos os graus de ensino, a escola deveria ser um jardim-de-infância, onde se aprendesse como quem desmancha brinquedos. Putman dizia que sabemos sempre mais do que aquilo que conseguimos expressar, e o melhor exemplo disso é o brincar. Quem não sabe brincar, não pode pensar, simplesmente porque só ao reaprender, com os outros, aquilo que se sabe se recria e se aprende..." - Crianças para Sempre, Eduardo Sá, págs. 35, 123 e 129 (melhor será ler todo o livro)

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